Para muitos o conceito de sucesso está ligado ao dinheiro, ao poder e a tudo material, isso ocorre porque nos educaram para pensar que para alcançar o sucesso, temos que trabalhar incansavelmente, com persistência inflexível e uma intensa ambição, e para pensar também que o nosso sucesso só parece ter valor com a aprovação dos outros.
Para demonstrar que temos sucesso, temos que andar com roupa de grife, estar acompanhado de alguém bonito e atraente, ocupar um bom cargo, ter um bom carro, etc, talvez construindo um caminho de sofrimento longe de um verdadeiro sentido do desenvolvimento pessoal, do bem-estar emocional e longe dos nossos próprios desejos.
Mas quais serão as leis que regem os espíritos livres? Pessoas que se questionam todo o tempo buscando respostas que muitos temem?
Imaginamos um executivo movido por uma tentativa de conseguir triunfar na sua profissão, que se dedica com tanto afinco a conseguir ser bem sucedido mas que quando alcança, percebe que para conseguir tudo que sempre sonhou, acabou perdendo todas as coisas importantes da vida, incluindo sua mulher e seus filhos, e como resultado, o único respeito que recebe virá dos seus subordinados, os mesmos que não querem perder seus empregos.
Esse executivo tem dinheiro, poder e está em um dos cargos mais altos da empresa, mas a solidão e o cansaço emocional o levam a se perguntar se todo esse esforço valeu a pena até aquele momento, pelo seu nível de descontentamento, acaba percebendo que tanto esforço não seria necessário e até, contraindicado para conseguir o sucesso!
Então podemos concluir que o sucesso é uma experiência subjetiva e está relacionado com estar bem nas distintas áreas da vida, porque no final, o mais importante não é ter sucesso em uma determinada área, mas sim conseguir uma sensação de equilíbrio em todos os aspectos da vida, portanto, o sucesso é aquilo que nos leva a ter uma vida satisfatória e com sentido, o que eu chamaria de uma vida plena!
As 7 leis espirituais do sucesso:
Lei da potencialidade pura
Essa lei se baseia no fato de que todos somos, essencialmente, pura consciência.Ou seja, ser conscientes é potencialidade pura, um estado de infinita criatividade e potencialidade, é quando descobre sua essência natural e se conecta com quem realmente é.
Essa lei também era conhecida como a lei da unidade, porque apesar da complexidade da vida, mesmo hoje em dia no mundo globalizado em que vivemos, ser plenamente consciente é necessário para preservar o espírito; por isso na atualidade, a prática da atenção plena ou mindfulness faz tanto sucesso, porque esse estado de consciência e calma ajuda a autorregular o comportamento e a se conhecer melhor, e ainda criar um ambiente propício para o bem-estar pessoal.
A atenção plena é uma maneira consciente e intencionada de nos sintonizar com o que está acontecendo dentro de nós e no nosso ambiente, e permite desmascarar automatismos e promover o desenvolvimento integral.
Lei de dar e receber
O estado flow na vida não é nada mais que a interação harmônica de todos os elementos que estruturam nossa existência. Dar e receber mantém a riqueza e a afluência das relações interpessoais, mesmo que muitos pensam que dar constantemente é um sintoma de debilidade, tanto dar como receber tem efeitos psicológicos importantes, porque reduzem o estresse, melhoram a autoestima etc.
Porque ajudar as pessoas sem esperar receber algo em troca nos traz mais benefícios que imaginamos, um estudo da fundação para a saúde mental da Inglaterra demonstrou que ser altruísta é beneficioso para a saúde.
A felicidade está relacionada com as relações interpessoais saudáveis, e isso é aplicável em todos os âmbitos da nossa vida, inclusive com os companheiros de trabalho.
Lei do karma
O karma é a ação e a consequência da ação. A lei do karma é importante, porque nos avisa de que se fazemos algo ruim, esse comportamento terá umas consequências negativas para nós, pode ser que alguma vez tenhamos razão, mas certamente receberemos algo similar em algum momento da nossa vida.O karma nos situa, nos avisa e nos permite escolher; nos indica que o que nos ocorre é consequência dos nossos atos e nos possibilita a autorreflexão para evitar cometer os mesmos erros no futuro.Por tanto, o karma não é um castigo, é uma oportunidade para crescer.
Lei do mínimo esforço
Talvez tenha ouvido falar da lei do mínimo esforço, essa lei vem representar exatamente isso, é um princípio da ação mínima e a não resistência; significa o princípio da harmonia!
Essa lei não quer dizer que devemos ser indiferentes e passivos diante da vida, quer dizer que quando as ações vêm motivadas pelo amor (aos outros e a nós mesmos) não requer tanto esforço partir para a ação ; por exemplo, quando fazemos as coisas com má vontade, é mais difícil que as coisas funcionem como gostaríamos, mas quando vivemos com entusiasmo entramos em um estado flow, ou seja, tudo começa a fluir.
Esta lei tem três princípios fundamentais:
1-Aceitação: Quando encaramos os fatos e a vida aceitando a nós mesmos e os outros, nos sentimos aliviados, isso ocorre porque todo o universo em si já é perfeito. Por exemplo: quando nos sentimos frustrados com alguém, ou situação, esse sentimento não está dirigido à pessoa ou à situação em sí, está dirigido às nossas crenças e prejulgamentos diante daquilo que nos incomoda.
2.Responsabilidade: Todos os problemas são oportunidades para crescer e nos desenvolver; quando nosso estado de preparação se encontra com a oportunidade, a solução aparecerá espontaneamente sem esforço.
3.Indefensa: Se aceitamos o aqui e o agora, aceitando o presente sem resistências, nos transformamos parte dele e nos conectaremos emocionalmente, pois liberaremos as terríveis cargas da atitude defensiva, de ressentimento e de hipersensibilidade, favorecendo o estado de flow. Quando possuímos a combinação delicada da aceitação, da responsabilidade e da indefensa, viveremos este flow durante toda a vida, com uma predisposição livre de esforços.
Lei da intenção e do desejo
Essa lei afirma que ao ser conscientes e possuir a capacidade de nos adaptar, podemos influir no nosso ambiente, podemos criar nosso próprio futuro. Desejar e ter uma intenção, são o motor que possibilita o crescimento; mas o desejo e a intenção não são o único requisito para conseguir o sucesso. Deepak Chopra explica que mesmo tendo a intenção e o desejo, devemos cumprir a lei da consciência pura, e a lei do desapego. Partindo do princípio que o futuro está baseado nessa intenção, é fundamental saber que o tempo é o movimento do pensamento; ou seja, o pensamento dirigido ao passado é uma interpretação de forças abstratas, lembranças, recordações, por outro lado, o futuro pode ser visto como uma projeção de forças abstratas. Por tanto a intenção e o desejo devem estar no aqui e no agora, porque somente o presente, é real e é eterno, porque tanto o passado como o futuro nascem na imaginação.
Lei do desapego
O desapego, pode parecer sinônimo de frieza, é um conceito que está muito de moda no desenvolvimento pessoal, porque possibilita viver com equanimidade e estabilidade emocional. Esse é um conceito muito importante hoje em dia, porque a maioria das pessoas estão muito desconectadas do espiritual, porque não é fácil olhar para dentro de si mesmo, quando a cultura nos leva a olhar o que está fora constantemente, a nos comparar, a ser mais bem sucedidos, mais consumistas etc. Entre tanta informação nos apegamos a velhas crenças para ter a sensação de que estamos seguros, nos impossibilitando descrever a realidade tal como é.
Lei do Dharma, ou o propósito na vida
Segundo essa lei, todos possuímos um talento único e uma maneira única de se expressar. Existe um diferencial em cada um de nós, algo que podemos fazer melhor que outras pessoas, porque por cada talento único e por cada expressão única de tal talento, também existe uma necessidade única, ao expressar nossos talentos para satisfazer necessidades, criamos riqueza e abundância sem limites.
A lei do Dharma tem três componentes:
1- Estamos aqui para descobrir nosso Eu Superior ou Eu Espiritual, e devemos descobri-los por nós mesmos.
2- O ser humano tem um talento único, tão único em sua expressão que não existe outro indivíduo que tenha esse talento ou que o expresse da mesma forma. Quando expressamos esse talento único estamos em estado de flow.
3-Devemos colocar esse talento a serviço da humanidade, essa é uma forma de nos ajudar mutuamente; porque quando combinamos a capacidade de expressar nosso talento único com o serviço à humanidade usamos plenamente a lei do Dharma.